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El presente artículo pretende examinar el papel del Derecho y, concretamente, la norma urbanística de Brasil y Colombia en la democratización del acceso al suelo urbano y la vivienda. Tras la lógica del mercado, la población de bajos ingresos no logra acceder a una vivienda, lo que refuerza la segregación socioespacial y muestra la necesidad de la gestión pública del suelo. El análisis de los alcances y límites de las normas se hizo a partir de una contextualización histórica y evaluación de los instrumentos de gestión de suelo acorde con su capacidad de contribuir a la adquisición de inmuebles para la implementación de vivienda de interés social. Se puede afirmar que los instrumentos existentes en los dos países buscan garantizar la función social de la propiedad, afrontar la retención especulativa de inmuebles y promover el reparto equitativo de cargas y beneficios de la urbanización. Sin embargo, la materialización de esos instrumentos se torna limitada debido a la debilidad de la gestión territorial municipal y a causa del conservadurismo del poder judicial. En suma, el análisis planteado puede aportar nuevas estrategias de acuerdo con las necesidades y especificidades de cada país para la construcción de territorios más inclusivos. ; This article aims to examine the role of the Law and, specifically, Brazil and Colombia's urban regulations in the democratization of access to urban land and housing. From a market logic point of view, low-income populations cannot access housing, which reinforces socio-spatial segregation and evidences the need for management in public urban land. The analysis of the scope and limits of the regulations was made from the historical contextualization and evaluation of land management instruments in accordance with their capability to contribute to the acquisition of properties for the implementation of social housing. It can be affirmed that the existing instruments in both countries seek to guarantee the social function of property, to face speculative retention of properties and to promote the equitable distribution of burdens and benefits of urbanization. However, the materialization of these instruments is limited by the weakness of the municipal territorial management and judiciary conservatism. In short, the proposed analysis can contribute to build new strategies based on the needs and specifics of each country to construct more inclusive territories. ; O presente artigo pretende examinar o papel do Direito e, concretamente, a norma urbanística da Colômbia e do Brasil na democratização do acesso ao solo urbano e a moradia. Com a lógica do mercado, a população de baixa renda não consegue ter direito a uma moradia, o que reforça a segregação socioespacial e aponta a necessidade da gestão pública do solo. A análise dos alcances e limites das normas foi feita a partir da contextualização histórica e a avaliação dos instrumentos de gestão do solo de acordo com sua capacidade de contribuir à aquisição de imóveis para a implementação de habitação de interesse social. É possível afirmar que os instrumentos existentes nos dois países procuram garantir a função social da propriedade, enfrentar a retenção especulativa de imóveis e promover uma distribuição equitativa de responsabilidades e benefícios da urbanização. Porém, a materialização desses instrumentos torna-se limitada devido à debilidade da gestão territorial municipal e por causa do conservadorismo do poder judicial. Concretamente, a análise planteada pode aportar novas estratégias de acordo com as necessidades e especificidades de cada país para a construção de territórios mais inclusivos.